Já tínhamos nos conhecido no quarto do hostel, quando a acordei narrando minha aventura com os mineiros em Presidente Figueiredo. Meu entusiasmo era da altura da minha voz, levei um tempo para perceber que alguém tentava dormir no caloroso fim de tarde de Manaus. Foi quando ela se levantou que fiquei constrangida pela minha má educação. Em outro momento, já no banheiro compartilhado, foi que nos apresentamos. Ela se chamava Karen Harumi, formada em turismo, com trinta e uns como eu (parecia menos), vinda de São Paulo, e filha de japonês. Para compensar pela minha tagarelice no quarto que a acordou e fazer amizade, a convidei para ir ao teatro. “Ela é uma figura”, foi o que pensei. Apenas constatei quando chegamos alguns minutinhos mais tarde para poder entrar no Teatro Amazonas, e perdemos a apresentação da orquestra. Fiquei tranquila quanto a isso, porque não era a primeira vez que me atrasava para isto. Na outra semana consegui assistir ao espetáculo. Como já estávamos em...
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