Boa Noite e Boa Sorte.

CLOONEY, George. Boa noite e Boa Sorte. EUA, 2004.
George Clooney, já foi jornalista televisivo até iniciar a carreira de ator em produções estadunidenses. Diretor de filmes como Confissões de uma mente perigosa e de Boa noite e Boa Sorte, que lhe rendeu a indicação ao Globo de Ouro e ao Oscar.


“Ambientado nos Estados Unidos dos anos 50, durante os primeiros dias de transmissões jornalísticas, o filme conta com os conflitos reais entre o repórter televisivo Edward R. Murrow e o senador Joseph Mcarthy. Desejando esclarecer os fatos ao público, Murrow e sua dedicada equipe desafiam seus patrocinadores e a própria emissora para examinar as mentiras e as amedrontadoras táticas perpetradas pelo senador durante sua “caça as bruxas” comunistas”, sinopse do filme.

Ainda surgem dúvidas sobre o que é exatamente o filme Boa Noite e Boa Sorte, a obra é feita totalmente em preto-e-branco para ficar semelhante a um documentário. O diretor, George Clooney, utilizou imagens reais dos acontecimentos de 1950, para não haver uma grande disparidade, ele usou este recurso narrativo. O que rendeu muitas discussões quanto a sua natureza, ou melhor, a categoria em que a obra se adéqua, pois poderia ser classificado como: documentário, docudrama ou filme. “Trata-se da responsabilidade do jornalismo”, elucida George Clooney.

“Trata-se de um olhar detalhado da carreira de uma pessoa, Edward R. Murrow, dos eventos mundiais que o cercavam e o envolviam e de sua batalha para defender a liberdade pessoal contra um político intolerante”. (ELSEVIER, 20-). No entanto, neste texto quero me deter no que Murrow representa. O jornalista preocupado em informar, mas não apenas dar informações, e sim, ser um formador de opinião. Murrow e sua equipe trabalhavam com o objetivo de noticiar, sempre com o cuidado de esclarecer os fatos para o telespectador, conscientizando-o.

Lamentavelmente, o jornalismo não é mais um ofício da arte das palavras carregadas de moral e veracidade dos fatos. Hoje, são poucos os jornalistas éticos que existem – que não trabalham apenas para a sobrevivência. São raros os que têm autonomia para atuar, sem estarem algemados por patrocinadores. Com tanta liberdade de imprensa, falta expressão. Com tanta informação, falta opinião. Jornalismo deveria ser o que Murrow fazia com ética, com palavras verdadeiras, com coragem e compromisso com o social.

[DG]

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