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Mostrando postagens de novembro, 2020

Setembro 20

A data do retorno para o seu aconchegante hostel estava marcada para julho, mas as linhas aéreas cancelavam ou remarcavam os voos muitas vezes por causa da pandemia, e com ela não foi diferente. Em Alter do Chão, eu ansiava por sua volta. No entanto, as expectativas foram frustradas. A casa recebeu faxina mais de uma vez, pois queria que a proprietária encontrasse o seu canto com tudo no seu devido lugar. No entanto, a dona não conseguiu chegar.      Dias depois, recebi sua mensagem avisando que no dia 9 de setembro voltaríamos a receber hóspedes. Vibrei com a notícia. Após 5 meses, novamente aquele lugar teria suas camas vazias ocupadas por um vai e vem de pessoas vindas de várias partes do nosso país. Quando a dona do hostel conseguiu retornar para dar continuidade ao seu sonho de empreender – interrompido pela pandemia – compartilhou que antes de reabrir se sentiu temerosa. Não sabia o que aguardar.    Setembro traria muito sol para o nosso verão amazônico, flores para o restant

Agosto 20

Agosto. Temido, talvez querido. O aguardam, e o recebem como o mês de 31 dias mais longo do ano. Também pudera, ele vem após as férias de Julho que passa como se fosse quatro semanas em uma. Contudo, no ano de 2020 foi diferente, não sei se foi porque das redes sociais fiquei ausente, mas não vi piadas e nem os clamores das pessoas pedindo que o oitavo mês passasse urgentemente. Talvez, todos os meses após abril estivessem longos e passando lentamente desde que #quarentenalifestyle predominou na vida de toda a gente. Para entender melhor o porquê de Agosto ser meme, fiz uma busca superficial no Google , este jovem que substituiu o senhor Aurélio, este dicio que me acompanhou em tantas aventuras literárias brasileiras, me proporcionando um vocabulário ostentoso para ser alvo de bullying na adolescência. Então, após googlar vi que muita coisa ruim aconteceu neste mês, parece que teve as costas largas na história. Para continuar a minha série pandemia 2020 de processos e aprendiz

Julho 20

Na primeira quinzena de julho senti uma forte vontade de retornar com o plano de me preparar para uma viagem voluntária internacional, então lembrei que havia deixado pendente minha inscrição numa plataforma de serviço voluntário em outros continentes. Preencher todos os requisitos desse cadastro tornou-se um desafio, pois precisava ter referências, atestado médico, currículo em inglês e um curso online de missões.       O item mais trabalhoso de conseguir foi o formulário de saúde. Era época de quarentena e eu estava distante do médico que havia me atendido pela última vez e conhecia o meu histórico de paciente. Recorri a alguns conhecidos (amigo também) da área médica, só ouvi “não vou me responsabilizar” ou “estou sem tempo para ver o formulário” ou “agende com a minha secretaria a sua teleconsulta”, mas sem me dizer quanto custaria. Também me assopraram uma objeção, mas retruquei com um “parece difícil, mas não é impossível”.     Até que ouvi a sugestão de ir à Unidade Básica d