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Mostrando postagens de agosto, 2009

II Epístola à Emília

Macapá, 25 de outubro de 2008. Oi Emília , Sábado, 8h. Acordei no horário de ir para a igreja nesta manhã, em casa todos já estavam arrumados, a última a sair foi minha irmã. Na verdade, sempre sou eu que saio por última de casa, mas quando levantei já era 8h30, então orei e depois me enrolei na toalha. Sempre que acordo pela manhã, bebo de 1 a 2 copos com água natural, sendo assim, bebi. Toda pessoa tem manias, cacoetes e hábitos - uma das manias que tenho é olhar debaixo da cama - pra ver se tem alguma coisa. Beber água ao acordar é um hábito. Quando fui executar este costume matinal, para minha surpresa, o gato de casa tinha tomado o mingau que mamãe havia posto sobre a mesa para eu tomar. Deixei o prato no mesmo lugar, resultado: fiquei sem café da manhã! Como de costume, aos sábados, Wenndel sempre vem me buscar para irmos à igreja juntos. Nesse dia íamos para a igreja do Embrapa. No relógio já era 9h, e nada dele chegar, acabei vestindo minha roupa. Senti vontade de

Epístola à Emília

Macapá, 23 de outubro de 2008. Estimada Emília, O começo. Sempre é mais difícil iniciar algo, não importa o que seja. Escrever uma carta também, mas isso depende para quem é destinada. No inicio podem até faltar palavras, porém, quando as palavras surgem - fluem como um manancial. Hoje, senti vontade de escrever para você, mas não tenho tema certo, queria falar sobre muitas coisas; sobre vida pessoal, meu pai - sobre ele daria para escrever um livro - no entanto, quero descrever a bonita tarde que veio nos deleitar. Enquanto escrevo esta carta, minha mãe - que adora conversar - fala comigo sobre a indecisão e receio que o César e a Eva tem na escolha dos seus candidatos para este 2º turno. Quem são eles? Pode ser a sua pergunta, só posso dizer resumidamente que são nossos amigos Adventistas do Sétimo Dia de longa data. Na conversa, estou a escrever a carta, mas mamãe continua a falar e eu, como uma boa ouvinte que sou me divido entre dá atenção à minha mãe e à carta. Ela t

A viagem

Depois de dois anos, estou voltando à minha terra natal: Belém do Pará. Ansiedade, alívio, tristeza e saudades - são os sentimentos que perpassam meu coração. Nestas férias, irei resolver um problema referente a documentos - verei primos e amigos - eram os objetivos ao fazer a viagem mais monótona da minha vida. O Almirante corta as escuras águas da Amazônia. A paisagem é pintada pela densa vegetação e céu azulado com nódoas brancas - parecia algodão pregado na parede tingida de anil. Ao meu lado dormem o simpático casal britânico; que há 11 meses viaja por toda a América Latina, próximo das redes deles estão alguns peruanos que moram na Guiana Francesa. Durante a tarde, fiquei ouvindo a conversa do grupo, um dos peruanos se esforçava para fazer amizade com Katie e Peter, falava sobre o Brasil - que me causou grande aborrecimento - pois, reduziu o Brasil em carnaval e cachaça. Um garotinho de quatro anos equatoriano se apresentou como “tchatcho” e me acompanhou durante tod

Conversa de peruano

Quando os vi, pensei que haviam clonado o Maradona. Os quatro peruanos que há anos moram na Guiana Francesa, estavam viajando de volta para o Peru - passar as férias, talvez. O mais jovem, parecia cheio de incertezas, com jeito de quem canta em bares nas noites. Tinha um que parecia ter saído dos anos 80 - deveria ser o corte de cabelo. O mais alto, fazia o estilo "Rambo" com pinta de Dom Ruan. E o último, parecia ter mais dinheiro que os outros e o pedantismo estampado no rosto. O que me incomodou nele (o último), não foi a "cara de velhaco" olhando pra mim - mas a falta de prudência. É pungente o sentimento de alguém com o orgulho ferido, e este alguém; sou eu. Vou lhe contar a razão. Este peruano, iniciou uma conversa com o casal de ingleses (que há 11 meses viajavam pela América Latina). Soltava algumas piadas que muito divertiam a sorridente inglesa - que falava espanhol melhor que seu parceiro. Entre tanta conversa, começaram a falar sobre o Brasil, o peru