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Mostrando postagens de abril, 2009

Óleo de Lorenzo

MILLER, George. Lorenzo’s Oil. EUA, 1992. O diretor do filme Óleo de Lorenzo , George Miller, nasceu no dia 03 de março de 1945, na Austrália. Um dos seus filmes mais recentes é Happy Feet (O Pingüim – 2006). Atua também como roteirista, produtor e ator. Melancolia, esperança e agonia, palavras que se combinam ao expressar os sentimentos apresentados pela obra cinematográfica, Óleo de Lorenzo. O autor George Miller poderia ter realizado o filme num pano de fundo mais pitoresco e alegre. Muitos podem até fazer tal exclamação – como pode ser tão triste esse filme? Entretanto, o autor apresentou fatos, e nesses fatos, conflitos entre os conhecimentos divergentes. O Óleo de Lorenzo é a história real de Michaela Odone e Augusto Odone, que lutam para salvar a vida do filho, Lorenzo. A criança aos cinco anos começa a sofrer uma doença incurável e degenerativa, chamada de adrenoleucodistrofia (ALD). Uma história de superação e fé. Milagres, seria essa a palavra chave que poderia ser

O trapiche

Imagem
"Embarca morena, embarca, molha o pé, mas não molha a meia. Viemos de nossa terra, fazer barulho em terra alheia…” Era o refrão que a pequena menina morena cor de jambo , cantava sentada no trapiche. Todas as manhãs quando seus tios saiam para o trabalho, eis que a mocinha franzina passava suas horas matinais a brincar no terreiro. Um dia ficava a falar sozinha sobre coisas infantis. No outro dia, fazia comidinha para os seus convidados imaginários, brincava de casinha com as primas, e dia a pós dia fazia travessuras de criança… Quando não havia nada para fazer, quando tudo parecia tão quieto. A menina corria para o seu trapiche amigo. A frente da casa de sua avó, eis que todos os dias descansava o rio Jacarezinho, e por baixo do trapiche escorria um estreito Igarapé . Embalada pelo som das águas, a menina começava a cantar: ” embarca morena, embarca. Molha o pé, mas não molha a meia. Viemos de nossa terra, fazer barulho em terra alheia…”, e assim a canção era emendada

Educação para toda a vida!

Ainda lembro quando tinha meus cinco anos. O cheiro da primeira cartilha de ABC e a ansiedade por querer saber o sabor das palavras, que era melhor do que qualquer sopa de letrinhas . Minhas primas mais velhas se exibindo, orgulhosas, porque tinham seu material escolar, uniforme e iriam para a escola. Quando chegava a hora, tomavam a bênção dos mais velhos e corriam para a canoa, remando em direção à Escola de Ensino Fundamental São Benedito, na Vila dos Dias, interior de Breves. No trapiche , aguardava a volta delas, pronta para ouvir o que havia acontecido na escola – o que comiam na merenda, se a professora era brava e quais eram as brincadeiras. Enquanto isso aguardava o dia em que também iria para a escola. Agora, cá estou falando para você sobre algo que é fundamental para a formação de todos – a educação. De acordo com a Constituição Federal, educação é direito de todos e dever do Estado e da família, ou seja, elemento de suma importância para o desenvolvimento da pessoa.

O telefonema

13h da tarde, dia cinza. Lá fora, movimentos dos carros regados pela fina chuva. Um dia agradável, porém, monótono. Estou reclusa, sentada, pensando em como as coisas na vida sucedem e se entrelaçam. As 11h45 recebi um telefonema que mudou o meu dia – talvez não a rotina, mas as emoções vividas nele. Um fato anterior: ao acordar, me deparei com a manhã mais chuvosa do mês de março – posso adorar dias chuvosos, mas hoje, me senti traída. Na semana anterior, fiz inscrição com o objetivo de participar de duas oficinas ofertadas pela faculdade . O combinado era chegar as 8h45, além de ir para o trabalho (uma obrigação!), mas pela falta de um guarda chuva que havia sido emprestado (uma crônica poderia ser feita sobre esse maldito guarda-chuva), não consegui. No ônibus, após a trégua do aguaceiro, fiquei pensando em como esta determinada chuva acabou com o meu dia. As 9h45, cheguei onde trabalho, parecia um pinto molhado – nem imaginava a surpresa que teria. Há alguns anos, quando o