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Mostrando postagens de maio, 2020

Janeiro 20

Quando acordou no dia primeiro de janeiro, pisou com o pé direito. Havia se esforçado muito no ano anterior para fazer o que não fizera em outros anos anteriores quando se propôs estudar. Sacrificou as saídas com os amigos, os momentos de lazer, os freelas e até mesmo a vontade de iniciar o próprio negócio. Parece que a vida parou desde que decidiu trancar a faculdade do sonho que não era dele e se preparar para o que realmente queria ser. Seu mundo se reduziu ao formato do quarto, onde muitas horas de estudos foram gastas. Seu convívio passou a ser com os professores online na tela do computador. Sua vida social se limitou a rápidas conversas em grupos de Whatsapp. Sua diversão? Compartilhar de maneira aleatória memes no feed do Facebook e selfies nos stories do Instagram. Mas janeiro havia chegado. Sua vida seria diferente depois desse maldito exame. Bendito jamais vai ser, aprova gente medíocre e deixa de fora (por despreparo psicológico) pessoas inteligentes e esforçadas.

Apenas seja

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Elle

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Ela está sozinha, ela olha o céu, ela ama o pôr do sol.

Tão blue

Dizem que o azul lembra a tristeza, mas quando olho o céu, vejo sua desmedida beleza vejo o pássaro voar com elegância e   leveza, sou invadida por paz, me sinto plena, fico serena.

Tempo imperfeito

Segue o teu caminho, porque aqui vou ficar. Tenho medo do futuro, o passado não consigo largar. Temos um caminho diferente, pois você vive o presente. E eu ainda vou aprender o tempo conjugar.

Rosto sem nome

Era noite de natal, no ano de 2015, quando saímos para distribuir as marmitas aos moradores em situação de rua. A ideia era levar a ceia até eles, mas acabamos entregando mais do que comida. Aquecemos os seus corações e também os nossos. Depois desse primeiro encontro, realizamos muitas ações pelo projeto social Liga do Bem em Macapá. Foi por meio dessa missão urbana que comecei a perceber nas ruas do centro da cidade a existência dessas pessoas invisíveis na sociedade. Os rostos deixaram de ser anônimos e ganharam nomes. Comecei a enxergá-los dentro dos ônibus com suas histórias recontadas no exercício da mendicância, dentro dos bancos perto dos caixas eletrônicos, nos pontos dos semáforos pedindo o dinheiro do lanche, nas praças fazendo trabalho de flanelinha ou oferecendo serviços básicos para desamassar lataria de carro. Até no hospital os encontrei. Tudo isso era muito louco, principalmente quando os encontrava e conversávamos, as outras pessoas me perguntavam se eu os con