Como uma extensão

Barulho de ventiladores no ar, e a sala de estar do hostel cheia de hóspedes. Numa mesa, alguém digita em seu laptop. Numa ponta do sofá uma moça sorri sozinha, na outra um rapaz se espreguiça. Cubos de gelo tilintando no copo, a tarde é quente e úmida.

Observo que há pessoas de nacionalidades diferentes, a maioria sabe falar inglês. No entanto, não interagem entre si. Na mão, um objeto em comum.

O copo com gelo se esvazia. Por um momento, presto atenção na cena. Assombro-me ao ver que todos estão conectados ao que se tornou a extensão do homem. Engulo o último cubo gelado. E como eles, me volto para o celular nas mãos.

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