Setembro 20

A data do retorno para o seu aconchegante hostel estava marcada para julho, mas as linhas aéreas cancelavam ou remarcavam os voos muitas vezes por causa da pandemia, e com ela não foi diferente. Em Alter do Chão, eu ansiava por sua volta. No entanto, as expectativas foram frustradas. A casa recebeu faxina mais de uma vez, pois queria que a proprietária encontrasse o seu canto com tudo no seu devido lugar. No entanto, a dona não conseguiu chegar.

    Dias depois, recebi sua mensagem avisando que no dia 9 de setembro voltaríamos a receber hóspedes. Vibrei com a notícia. Após 5 meses, novamente aquele lugar teria suas camas vazias ocupadas por um vai e vem de pessoas vindas de várias partes do nosso país. Quando a dona do hostel conseguiu retornar para dar continuidade ao seu sonho de empreender – interrompido pela pandemia – compartilhou que antes de reabrir se sentiu temerosa. Não sabia o que aguardar.

   Setembro traria muito sol para o nosso verão amazônico, flores para o restante do Brasil e o principal: Esperança para todos. Era a temporada perfeita para turistas, mochileiros e viajantes depois de uma longa quarentena apertada.

    No mês anterior, mesmo com a reabertura de vários negócios ainda não havia muita gente de outras cidades na vila, apenas de Santarém. Então, comentei que Deus lhe permitiu chegar no momento exato. Se tivesse vindo antes, poderia ter se desmotivado com o pequeno fluxo de hóspedes e presumido que os próximos meses seriam escassos. Por fim, ela compreendeu que não precisava temer, nem se entristecer. Afinal, nosso Pai do céu cuida de todos os detalhes.

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