O preço do sorriso
Existe um órgão público diferente dos outros na cidade de Macapá e esse órgão chama-se CAP, é um lugar que muitas pessoas vão para tirar documentos, pagar contas e outras coisas a mais. Mas a diferença não é a estrutura, ou o ambiente e sim, os funcionários. O que há neles?
É que, quando alguém vai ao CAP, os funcionários sempre sorriem ao atender. É curioso, pois quando vamos aos outros órgãos, os funcionários mal olham pra gente e no CAP encontramos pessoas tão gentis que nos atendem bem. Isso é muito bom, mas dizem que para agirem assim, eles ganham uma remuneração a mais nos seus salários.
Se realmente acontece, não seria uma hipocrisia? Seria muito bom esse acréscimo em troca de um atendimento melhor, seria um incentivo para um bom empenho no trabalho. Mas e se não for verdade sobre esse aumento no salário, talvez seja somente uma regrinha básica que eles adotaram para viver melhor no trabalho.
Sobre esse assunto, é interessante, pois se são remunerados para sorrir, é bom, porque eles se esforçam para isso. Agora se não recebem nada a mais, a não ser o salário, é melhor ainda, pois podemos dizer que eles são felizes no que fazem. Ou seja, recebendo uma remuneração ou não pra sorrir, é sempre bom sorrir quando falamos com alguém.
Esta crônica foi feita na aula de sociologia, no início da faculdade, quando ainda não sabia exatamente o que era uma crônica, mas já arriscava escrever. Fala sobre algo que era peculiar nos funcionários do CAP, atualmente conhecido por Super Fácil. Um texto leve, simples e agradável, que gostaria de compartilhar com você.
O texto foi escrito em 24 de março de 2006. Fiquei surpresa ao encontrar esse “trabalhinho” junto com os outros, mais admirada ainda, quando percebi a palavra crônica sublinhada escrita pelo professor. Pensei, escrevi uma crônica e nem sabia. Preferi manter o original, mas ao digitá-lo as pontas dos meus dedos no teclado coçavam para alterar as palavras e diminuir a redundância. Não resisti, acrescentei algumas vírgulas!
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